“Eu fui o primeiro a admitir que a forma como a revista retratava a nudez era antiquada, mas a sua remoção completa era um erro. A nudez nunca se pôs em questão porque não é um problema. Hoje recuperamos a nossa identidade e reivindicamos quem somos”, anunciou Cooper Hefner na rede social Twitter sobre as mudanças editorias que vão ser implementadas na publicação fundada pelo pai na década de 1960.

Segundo avança o site Huffington Post, a integração dos famosos editoriais com mulheres em nu integral serão visíveis já na próxima edição de março/abril que irá para as bancas a 28 de fevereiro com o título 'Naked is Normal'. Para além disto, a publicação vai ainda recuperar a feature “The Playboy Philosophy”, a coluna “Party Jokes” e retirar a frase “Entertainment for Men” da capa.

Cooper, que desde outubro passado assumiu as funções de Chief Creative Officer, sempre foi contra as decisões que Scott Flanders pensou para a revista cujas vendas em banca subiram 28%. “Foi-me pedido que que não participasse nas reuniões do conselho administrativo porque não concordava com a visão que ele tinha para empresa. Ou dava um passo atrás e deixava que eles avançassem ou tentava fazer alguma coisa, e optei por fazer isso”, explicou ao Bussiness Insider onde falou abertamente sobre o assunto.

Recorde-se que este recuo é bastante radical tendo em o formato sem nudez integral que a Playboy tinha anunciado em março de 2015.

"Atualmente as pessoas podem ver todos os atos sexuais de forma gratuita e à distância de um click. Na atual conjuntura [a revista] está ultrapassada", explicou na altura o diretor executivo da revista, Scott Flanders, sobre a nova estratégia que veio colocar um ponto final no conceito idealizado e lançado por Hugh Hefner em 1953.