Foi mais um momento de consagração de Victoria Beckham. A coleção apresentada dia 11 de setembro, em Nova Iorque, arrancou os maiores elogios. Na plateia encontrava-se o marido, David Beckham, o filho mais velho, Brooklyn, e a editora da Vogue, Anna Wintour.

Passadeira de críticas: é assim que o mundo responde às modelos escolhidas por Victoria Beckham
créditos: AFP PHOTO / TREVOR COLLENS

Com um look descontraído, Victoria agradeceu a ovação no final do espetáculo. Mas as modelos que desfilaram as suas roupas acabaram por ofuscar o seu brilhantismo.

Tudo porque Victoria, que também já esteve debaixo de fogo cruzado dada a sua magreza, insistiu em usar modelos muito magras no desfile deste ano, depois de críticas semelhantes na edição do ano passado.

Sarah Vine, jornalista de moda do Daily Mail, foi uma das vozes críticas. “Oh Victoria, porque trouxeste de volta a “anorexia chic”? É suposto que as modelos ultra magras sejam banidas das passerelles”, escreveu, classificando a atitude da designer de irresponsável. Nas redes sociais, as críticas foram subindo de tom, com muitos a condenar a decisão de Victoria.

“Oh Victoria, porque trouxeste de volta a “anorexia chic”? É suposto que as modelos ultra magras sejam banidas das passerelles”

“@victoriabeckham que bom que estás a usar modelos super magras para me fazer sentir que, com o tamanho 8, sou gorda. Que exemplo de girl power”, “@victoriabeckham aborrecido e modelos esqueléticas. Quando é que a moda vai aprender que a beleza não é sobre passarmos fome mas sim sobre as roupas?” ou “seria tão refrescante ver a @victoriabeckham desse trabalho a modelos mais naturais. Tudo o que vejo é pele e osso e não as roupas”, foram alguns dos desabafos deixados por seguidores.

Passadeira de críticas: é assim que o mundo responde às modelos escolhidas por Victoria Beckham
créditos: AFP PHOTO / TREVOR COLLENS

No entanto, o debate foi lançado. Se por um lado, há quem critique a aparência das modelos, por outro há que defenda que esta tendência de “body shaming” (critica da aparência) não é justa para as pessoas que são naturalmente magras e que este tipo de atitude também não é saudável. "É completamente irresponsável insinuar publicamente que alguém sofre de um distúrbio alimentar simplesmente com base na sua aparência", criticou Rosy Cherrington, jornalista do Huffington Post.

A própria Victoria Beckham já se defendeu das críticas, em anos anteriores, ao frisar que uma mulher magra não é necessariamente uma mulher doente. “Elas são jovens, são magras, mas isso não quer dizer que são doentes. As pessoas nas redes sociais são cruéis, independentemente daquilo que és. É uma pena que tenham de ser assim”, disse, citada pela versão britânica da Cosmopolitan.

Passadeira de críticas: é assim que o mundo responde às modelos escolhidas por Victoria Beckham
créditos: AFP PHOTO / TREVOR COLLENS

Expressões como “anoréxicas”, esqueléticas” ou “pele e osso” são usadas frequentemente para descrever o aspeto de modelos que têm um Índice de Massa Corporal muito baixo.

Recorde-se que a discussão sobre a presença de modelos consideradas excessivamente magras já está em marcha no Reino Unido com uma campanha que quer proteger as modelos profissionais de potenciais riscos para a sua saúde.

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