Durante anos, tentou milhares mas, depois, com o passar dos tempo, os procedimentos estéticos não-invasivos ganharam protagonismo e o lifting, um das cirurgias plásticas mais requisitadas, perdeu terreno. Uma situação que, nos últimos meses, se tem vindo a alterar. «Nunca fiz tantos [liftings]», assumiu já publicamente, em declarações à imprensa, Philippe Kestemont, cirurgião plástico francês.

«Antes do aparecimento do botox e do ácido hialurónico, só dispúnhamos do lifting como arma antienvelhecimento», sublinha Olivier Claude, outro dos cirurgiões plásticos que voltaram a ver a procura aumentar nos últimos meses de 2016 e no início de 2017. O lifting cervico-facial, usado para corrigir a papada e o pescoço, é o mais pedido na maioria dos países.

Saiba, de seguida, tudo sobre a intervenção e o que fazer para superar melhor o pós-operatório. Esta intervenção realiza-se numa sala de operações, com anestesia local e sedativos ou anestesia geral, dependendo da sua complexidade. O tempo de recuperação depende da envergadura da intervenção, mas costuma provocar pouco incómodo.

Normalmente «aparecem inchaços e nódoas negras, que desaparecem ao fim de 15 dias», explica José Amarante, cirurgião plástico. «Durante uma semana, não poderá lavar a cabeça, onde estão os pontos e as cicatrizes ficam tapadas pelo cabelo», explicou à revista Ultimate Beauty em declarações enquanto diretor do Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva Estética e Maxilo-Facial do Hospital de São João, no Porto.

«Se as pessoas não estiverem preparadas, ficam chocadas com o seu aspeto, pois parecem ter tido um acidente devido aos edemas e hematomas», sublinha. O inchaço desaparece geralmente em 15 dias, e seis meses depois consegue-se ver o resultado definitivo. Evite atividades extenuantes durante duas semanas. Saunas e banhos a vapor são proibidos e deve evitar a exposição solar durante uns meses.

Texto: Rita Caetano e Luis Batista Gonçalves com José Amarante (cirurgião plástico)