As revelações chegam-nos através de Moa Kärnstrand e Tobias Andersson Akerblom autores do livro “Fashion Slaves” que chega às livrarias suecas esta semana. Em causa está o facto de a marca H&M submeter jovens adolescentes a uma carga horária excessiva nas fábricas que produzem as peças de vestuário comercializadas nas suas lojas.

As regras violam as leis impostas em Mianmar, assim como as da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma vez que as crianças são obrigadas a trabalhar 12 horas diariamente em troca de um salário miserável: 2,5 euros por dia.

Contactada pelo jornal britânico ‘The Guardian’, a marca sueca repudia o sucedido e promete agir, mas sublinha que não que se trata de exploração infantil.

“Quando temos jovens entre os 14-18 anos a trabalhar este não é um caso de trabalho infantil, segundo as leis do trabalho internacional. O OIT expressa a importância de não excluir este grupo etário do trabalho no Mianmar. A H&M não tolera qualquer forma de trabalho infantil”, refere num comunicado.

“É de extrema importância para nós que os nossos produtos sejam feitos em boas condições laborais e tendo em conta fatores como a segurança, saúde e ambiente. Já tomamos medidas relativamente aos dois fornecedores do Mianmar que tiveram problemas com os seus ID-cards e horas extras”, referiu a marca.