Bruce Weber, que trabalhou para a Vogue e ajudou a consolidar a imagem de marcas como Calvin Klein, Ralph Lauren e Abercrombie & Fitch, é acusado de ter abusado sexualmente de Jason Boyce em dezembro de 2014, durante uma sessão fotográfica realizada no estúdio do fotógrafo em Manhattan.

Segundo a denúncia feita na sexta-feira, Weber disse a Boyce, na época com 28 anos, para se despir, enquanto começou a acariciá-lo e beijá-lo forçadamente.

"Se tivesses autoconfiança realmente irias longe", teria murmurado Weber. "O quão longe queres ir? O quão ambicioso és?", continuou.

A advogada do modelo, Lisa Bloom, contou à Agência France-Presse (AFP) que desde que o processo foi aberto tem recebido outros relatos semelhantes contra o fotógrafo.

Após o ocorrido em 2014, o jovem mudou-se para a Califórnia e desistiu da carreira de modelo.

"O Sr. Boyce sentiu-se intensamente apreensivo ao pensar em (seguir) uma carreira de modelo na qual alguém como o Sr. Weber era considerado um fotógrafo admirado por modelos homens", informou o documento.

Jason Boyce pretende uma indemnização moral e material pela "angústia emocional" sofrida e a perda de oportunidade económica ao desistir de uma eventual carreira de modelo.

Além de Weber, o processo cita nomes como os da agência de modelos Soul Artist, para qual Boyce trabalhava, e o seu chefe, Jason Kanner.

Em outubro, o fotógrafo Terry Richardson, conhecido pelas suas fotos provocantes e acusado de explorar sexualmente as suas modelos durante anos, foi impedido de trabalhar com a Condé Nast que detém grandes títulos de moda, como é o caso da Vogue, Vanity Fair e outras publicações.

Durante diversos Richardson trabalhou com as marcas Yves Saint Laurent, Marc Jacobs e Tom Ford.