O bee-tox, também conhecido como botox natural, é produzido à base de veneno de abelha e comercializado com a promessa de combater rugas e retardar os sinais de envelhecimento. No entanto, o produto tem dividido a opinião de empresários e dermatologistas. A empresa neozelandesa Abeeco, detentora do produto, afirma que o veneno da abelha faz com que a pele produza colágeno, uma proteína que aumenta a rigidez da pele.

No entanto, para um dermatologista ouvido pela estação de televisão BBC, o uso contínuo do veneno de abelha pode provocar problemas de pele, nomeadamente alergias. Fabricado à base de veneno de abelha, uma substância preciosa que pode custar até 350 dólares, cerca de 325 euros, por grama. E, para produzir uma grama, são necessárias vinte colmeias, o que faz deste botox um bem mais precioso do que o ouro.

Kate Middleton, duquesa de Cambridge, é uma das celebridades que já recorreram a este produto para alisar a epiderme do rosto. «Quem experimenta, fica viciado», assegura Julie Lindh, uma esteticista clínica norte-americana, utilizadora da substância. Depois da pele limpa, é feita uma primeira injeção, dando início a uma processo de síntese de colagénio. De seguida, é aplicada uma segunda.

O rosto é depois enrolado em gaze durante cerca de 10 minutos, para evitar uma sensação de ardor. Não doi porque são injetadas pequenas quantidades de veneno mas as pessoas alérgicas a abelhas não podem fazer o tratamento, como alerta um estudo publicado na publicação especializada Clinical Interventions in Aging. Nos últimos anos, várias marcas lançaram no mercado cosméticos que integram este veneno na sua formulação.

Shara Shara Bee Tox Spot Cream da Shara Shara, Bee Tox Control Cream de Dr. MJ e o sérum Bee Tox da A.C. Care, com proteínas de seda, são alguns dos exemplos. The Honey Collection Bee Venom Face Lifting Cream e Beetox Cream Beevenom Therapy, um creme facial antirrugas com efeito blur de BioCode, é outro dos produtos disponíveis. Um dos mais famosos é, no entanto, Beetox de Skin Doctors, com mel de manuka da Nova Zelândia.

Texto: Luis Batista Gonçalves