A época de saldos é uma excelente oportunidade para acrescentar novas peças ao nosso guarda-roupa, e seria de esperar que fosse também bom para as nossas carteiras. No entanto, nem sempre fazemos as melhores escolhas, pois deixamo-nos ir na euforia das “coisas baratas” e arruinamos o nosso orçamento.

Fazer compras aumenta a nossa confiança e melhora o nosso estado de espírito (pode ser considerado uma autêntica terapia!), mas é importante comprar com moderação e fugir à tentação de comprar peças que não precisamos realmente. Existem sempre aqueles artigos que andamos a namorar há meses e que agora estão a metade do preço, o que é bastante tentador mas que não justifica necessariamente a compra. É necessário fazer contas à vida, refletir sobre se é algo que nos faz falta e ter cuidado com as compras por impulso.

Assim sendo, reunimos uma série de dicas que a irão ajudar na altura de enfrentar as multidões e os descontos, e principalmente para a ajudar a maximizar o seu dinheiro nos saldos.

Em primeiro lugar é importante referir que os saldos só ocorrem em duas épocas: de 15 de julho a 15 de setembro e de 28 de dezembro a 28 de fevereiro. Nas restantes alturas, as lojas apenas podem fazer promoções ou liquidações. Hoje em dia as promoções acabam por funcionar como os próprios saldos.

As 10 melhores dicas para comprar nos saldos:

Vestir Roupa Confortável – Durante uma ida às compras tem de experimentar muita roupa e andar de uma lado para o outro o dia todo por isso deve ter sempre roupa prática. Assim, o ideal é usar um vestido ou uma saia para que possa experimentar calças sem ter a necessidade de despir e vestir calças o dia todo, basta vestir por baixo da saia. Os sapatos também são extremamente importantes no dia de ir aos saldos: calce uns que sejam fáceis de pôr e tirar.

Fazer as compras na melhor altura do dia – Fazer compras de manhã e durante a semana: as os centros comerciais estão mais vazios e as lojas estão organizadas.

Vasculhar as lojas – Na altura dos saldos as lojas estão uma perfeita confusão, o que requer paciência e muita atenção: pode encontrar um ótimo top na zona das calças e por aí adiante. E mesmo quando aquelas pilhas de roupa parecem intermináveis, seja persistente e procure porque aí pode estar escondida a peça que procura.

Faça as escolhas certas – Não compre apenas porque é barato: compre o que precisa primeiro e tenha em consideração o que já tem no seu armário quando for fazer uma compra para evitar comprar coisas desnecessárias.

Procure por qualidade – Numa altura em que as lojas têm os seus artigos a um preço reduzido, procure por peças de boa qualidade em lojas mais caras, mesmo que o preço fique ao que costuma gastar nas lojas normais. São um excelente investimento e serão peças que vai poder usar vezes sem conta. Os artigos mais importantes para investir neste caso são sapatos, casacos e calças de ganga.

Experimente sempre a roupa – Na época de saldos, não dispense a fase de experimentar as peças na loja, antes pelo contrário. São várias as lojas que não aceitam devoluções de peças em saldo. Mesmo que a peça seja um básico ou algo que costume vestir, experimente sempre.

Espere pela altura certa – Às vezes temos de esperar pelas segundas ou terceiras baixas nos preços para conseguir peças ainda mais em conta, ou para comprar aquela peça com um preço mais exorbitante a um preço mais acessível.

Leve dinheiro – É preferível levar a quantia que quer gastar em dinheiro do que nos cartões, assim tem sempre mais noção do quanto já gastou e quanto ainda falta para gastar. Estabeleça um orçamento e não ultrapasse esse limite.

A importância de pensar a longo prazo – Se vai ter um casamento ou um evento especial para o qual precisa de um vestido ou alguma peça em particular, aproveite os preços baixos para fazer o investimento adiantado.

Atenção aos tamanhos – Não compre roupa ou sapatos que sejam um número mais pequeno ou maior do que o seu só porque é uma verdadeira pechincha. É óbvio que pode sempre levar a uma costureira para fazer alterações, mas pense se no fim das contas a peça que comprou não acaba por sair mais cara do que o preço original.

Cuidados a ter para não ser enganado:

Cuidado com os preços – É possível poupar muito dinheiro com as reduções. Mas os saldos são, sobretudo, interessantes para os comerciantes: permitem escoar rapidamente os artigos da estação que está a terminar para investir na nova coleção. Além disso, poupam no armazenamento dos produtos que rapidamente passam de moda. Para ter a certeza de que o negócio é vantajoso, compare sempre os preços. Todos os produtos devem exibir, de forma legível o preço atual e o antigo ou a percentagem de desconto. Isto porque nem todos os comerciantes são honestos e para alguns a altura dos saldos serve para vender os artigos que anteriormente não conseguiram. Para isso podem distorcer o preço inicial para nos fazer acreditar que era superior.

É obrigatório trocar um artigo com defeito – O comerciante não é obrigado a trocar os artigos vendidos. Mas há uma exceção: quando o produto tem um defeito e não há a indicação expressa de que a redução de preço se deve a esse mesmo defeito o comerciante é obrigado a trocá-lo.

Queixe-se quando ignorarem direitos – As lojas têm de aceitar os mesmos meios de pagamento antes e durante os saldos e não podem alterar o preço em função daqueles. Se um comerciante não respeitar os seus direitos, por exemplo, recusando a troca de uma peça de roupa com defeito, reclame. Para isso, use o livro de reclamações da loja. Pode ainda recorrer à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica(ASAE).

Faça distinções – Distinga entre artigos com desconto, em saldo, ou em liquidação: eles não são os mesmos, pois os artigos com desconto poderão ter defeito. No caso dos artigos em liquidação são os melhores para obter descontos maiores pois muitas vezes estas vendas são de caráter excecional como o fecho de uma loja.

Cuidado com as devoluções – Cuidado com as devoluções nestas alturas: se comprar algo, antes dos saldos e quiser devolver quando eles já começaram, poderão eventualmente querer devolver menos do que pagou, por ser esse o preço no momento. É ilegal os comerciantes ficarem com essa diferença, e por isso é que deve sempre ter o talão comprovativo da compra, e do preço.