A lipoaspiração tridimensional remodela
a zona da cintura (quadris, glúteos e coxas)
no seu conjunto, conseguindo uma linha
harmoniosa desde a cintura até ao joelho,
sem a ausência de curvas que, por vezes,
resulta de uma lipoaspiração convencional.

Como em qualquer intervenção, os bons resultados dependem do perfeito conhecimento
do paciente e da sua adequada história clínica.

Segundo Biscaia
Fraga, director do Serviço de Cirurgia Plástica Maxilo-Facial do Hospital Egas
Moniz e da Clínica Internacional de Cirurgia Plástica e Estética, ambos em Lisboa,
«o principal exame é a história clínica do paciente». Deve ser realizada uma história clínica detalhada para saber doenças do passado, hábitos alimentares,
se o paciente fuma, se está a tomar medicamentos, como por exemplo anti-agregantes
plaquetários (Aspirina) ou a fazer tratamentos de algum tipo, bem como se houve gravidez
ou abortos, no caso das mulheres.

Investiga-se ainda a idade, o peso, se o paciente leva uma vida
sedentária ou realiza algum tipo de desporto. Além disso, o médico cirurgião deve realizar um
minucioso exame físico. É realizado um estudo fotométrico (documentação fotográfica, feita em sobreposição de quadriculado
centimétrico, que permite registar as diferenças com rigor comparativo) e o paciente é
inquirido sobre as suas expectativas.

O cirurgião tem de verificar se as mesmas são ou não exageradas,
fazendo notar as reais possibilidades que tem, assim como os possíveis riscos que a cirurgia
comporta. O paciente deve assinar «o termo de autorização consciente», indica Biscaia Fraga. Por último, se o cirurgião considera que o paciente pode realizar a cirurgia, pode prescrever a realização
de alguns exames.

No entanto, só o faz em casos muito pontuais, conforme explica o cirurgião
plástico Biscaia Fraga, «nos países ricos, como nos EUA, na Suíça e na Inglaterra, o principal exame
é a história clínica. Só se pedem exames complementares se o profissional se quiser defender e
se quiser avaliar alguma doença pré-existente». Ainda assim, sublinha que deve ser avaliado cada
caso em particular.

«Por exemplo, se a pessoa tem história clínica de anemia, é necessário pedir um
hemograma para saber em que grau está a mesma», fundamenta o cirurgião plástico. Não havendo nenhuma contra-indicação, marca-se, então, a data da cirurgia. «Na grande maioria
das vezes, não há a realização de uma segunda consulta. Mais de 80% das cirurgias de lipoescultura
são marcadas numa primeira consulta», indica Biscaia Fraga.

Como se processa a operação

A lipoaspiração é uma intervenção cirúrgica em
que se aspira a gordura através de cânulas de diferentes
espessuras conectadas a uma máquina
de vácuo. Marcam-se as zonas a tratar com uma caneta, com
ênfase naquelas em que é preciso retirar muita
gordura e, depois, numa pequena área adjacente
à zona central de tratamento.

É importante realizar
estes desenhos com o paciente em diversas posições,
pois há que estudar a gordura a partir de todos
os ângulos. «Para se ter um bom resultado na
cintura, é necessário ter uma noção muito exacta
de estética porque a mesma é vista de frente, de
lado e de trás. A cintura tem múltiplos compartimentos
e reflexos», indica Biscaia Fraga.

«Hoje em
dia, há técnicas de lipoaspiração revolucionárias e
que se aplicam directamente à cintura».
Posteriormente, realizam-se alguns túneis com as
cânulas, que são introduzidas na pele mediante incisões
de 2 a 3 milímetros. Não é necessário que se
realizem no local exacto da aspiração (assim, pode
ocultar-se a pequena cicatriz numa zona pouco visível).


Veja na página seguinte: Por que é importante que a pele retraia

É muito importante realizar os túneis em diferentes
direcções, pois isso fará com que a pele se
retraia e se adapte melhor à redução de volume.

Quando se termina de aspirar a gordura, coloca-se uma faixa no paciente seguindo as linhas
de tensão da pele.

É fundamental manter
uma tensão vertical para lutar contra os efeitos
da gravidade.

A primeira revisão médica deve
ser feita uma semana após a intervenção,
a posterior aos dois meses e a definitiva aos seis.
Se não houver nenhum contratempo, o paciente
pode abandonar a clínica no próprio dia, pois a cirurgia
efectua-se em regime ambulatório.


Possíveis complicações

Como em qualquer cirurgia, a lipoaspiração tridimensional envolve um certo grau de riscos, nomeadamente alergia à anestesia, fármacos e material empregue, choque cirúrgico, complicações pulmonares, infecções, seromas, hemorragias, hematomas. Em grande medida, podem evitar-se tais complicações com um estudo prévio do paciente e com adequados conhecimentos anatómicos e fisiológicos por parte do cirurgião que vai operar.

Podem, no entanto, surgir algumas complicações, tais como:

Mudanças da sensibilidade cutânea
«Pode ocorrer nos primeiros dois a quatro meses. Ao fim de seis meses, numa lipoescultura bem realizada, não há razão para haver pontos com diminuição da sensibilidade», indica Biscaia Fraga.

Cicatrização anormal
Há quem considere que podem surgir cicatrizes anormais na pele como nos tecidos moles profundos. Biscaia Fraga discorda completamente porque faz uma única abertura na parte inferior do cóccix para ir a 30 cms de distância fazer a lipoaspiração. «No entanto, sei que há médicos e profissionais que fazem múltiplas incisões com intervalos de 15 a 20 cms, o que considero um absurdo».

Ondulações e depressões cutâneas
Ao realizar uma lipoaspiração, as irregularidades da pele não melhoram e podem até ser aumentadas. Biscaia Fraga refere, contudo, que «esta complicação só ocorre em pacientes que não têm indicação para esta intervenção ou quando a técnica não foi correctamente executada». No entanto, a pele com aspecto característico da celulite melhora muito.

Assimetria e distorção
Ao eliminar gordura de uma zona do corpo, o resto pode ficar desproporcional, o que se soluciona com um
pós-operatório controlado.

Descoloração da pele e do tecido superficial
Um pequeno número de pacientes desenvolve pigmentação ou despigmentação, mas o mais natural é que esta desapareça após uns meses.


Veja na página seguinte: Onde fazer

Contactos úteis


Clínica Internacional de Cirurgia
Plástica e Estética Biscaia Fraga
Av. da República, 48 B, 1º Esq. – Lisboa
Telefone: 217 969 595
Internet:
www.biscaia-fraga.com


Clínica Luso-Espanhola
Rua da Venezuela, 139 R/C – Porto
Telefone: 226 009 494 / 225 432 321
Internet:
www.clinicalusoespanhola.com


Newbody
Av. da Liberdade, 129, 4º D – Lisboa
Telefone: 213 220 190
Internet:
www.newbody.pt


Clínica de Todos-os-Santos
Rua Gonçalves Crespo, 39 – Lisboa
Tel.: 213 565 700
www.todos-os-santos.pt


Texto: Cláudia Pinto