Chama-se Invasix, está disponível em Portugal é uma técnica cirúrgica de combate à gordura localizada, celulite e flacidez cutânea, muito procurada por mulheres no estrangeiro.

Atua através do aparelho BodyTite e é um método minimamente invasivo que funciona através de energia de radiofrequência e permite aspirar a gordura ao mesmo tempo que retrai a pele, alisando-a e diminuindo o seu volume.

Conversámos com Zeferino Biscaia Fraga, cirurgião plástico, sobre este procedimento, uma técnica de lipoaspiração não invasiva que, em situações normais, garante resultados mais duradouros do que outros tratamentos cirúrgicos disponíveis.

O que é o Invasix?

É uma técnica que consiste na aplicação da radiofrequência em relação à lipoaspiração, em que é colocada uma cânula dentro da própria gordura, ligada a um aparelho externo. Paralelamente, à superfície da pele, está um elétrodo que acompanha a cânula. Existem então dois elétrodos, um interno e um externo, que fazem a coagulação de todo o sangue que está na gordura. Ao mesmo tempo que a cânula retira a gordura, a radiofrequência atua entre os poros de tal maneira que a pele, situada na zona onde se procede à lipoaspiração, se vai retraindo.

Que tipo de casos permite tratar?

Essencialmente trata a celulite e peles flácidas e irregulares. É vantajoso para peles que estejam flácidas que são um dos grandes problemas da lipoaspiração. Existem diversos casos em que o cirurgião não tem hipótese de retrair o tecido cutâneo e esta é uma técnica promissora em relação a essa matéria.

O que distingue o Invasix de outros métodos?

O método mais parecido é a lipoaspiração assistida por laser e a vantagem em relação ao laser é que este pode levantar problemas por ser um método muito lento, ao mesmo tempo que a sua ação pode provocar pigmentações com aspeto semelhante às de uma queimadura. O Invasix não tem esse problema porque a radiofrequência é uma energia muito mais inócua e suave.

Em que situações está contraindicado?

Sobretudo nos casos em que a pele seja de boa consistência, firme e em que seja necessário retirar uma grande quantidade de gordura. Para essas situações o melhor procedimento é a lipoaspiração tumescente vibratória que elimina grandes quantidades de gordura rapidamente. O Invasix é uma técnica mais demorada, sendo preciso o dobro do tempo da lipoescultura tumescente.

É um método doloroso?

Não, porque é pouco invasivo. Faz-se com uma anestesia adequada, que pode ser local, epidural, geral ou troncolar. Em quase todos os casos, a pessoa pode ir para casa no mesmo dia. É um método que raramente deixa edemas ou nódoas negras na pele porque faz a coagulação do tecido cutâneo.

É indicado para que zonas do corpo?

Esta técnica é usada para tratar a parede do abdómen, ancas, coxas e, brevemente, vai estar disponível para braços e pescoço.

Quais são os cuidados pós-operatórios?

São os mesmos inerentes a uma lipoescultura. É necessário fazer uma massagem adequada uma semana depois, usar uma contenção elástica, durante quatro a oito semanas. E não apanhar sol, se houver alguma nódoa negra.

Os resultados são duradouros?

Sim, à partida é uma intervenção que não tem de ser repetida, mas obviamente que segue a evolução biológica da pessoa e se ela voltar a ganhar muita volumetria corporal e depois reduzi-la rapidamente os tecidos sofrem. Já saíram os primeiros resultados mundiais e a taxa de sucesso é muito boa.

Texto: Mariana Correia de Barros com Zeferino Biscaia Fraga (cirurgião plástico)