E se lhe dissessem que podia fazer uma operação plástica sem cortes nem cirurgia?

O segredo está no implante de um material biocompativel, no rosto ou no corpo, através de um processo minimamente invasivo.

A promessa parece difícil de cumprir. Mas é precisamente esse o objectivo da Bioplastia.

A intenção expressa é a de alterar traços no rosto e no corpo de forma visível e imediata numa simples intervenção realizada em ambulatório sem recurso a cortes nem cirurgia. O pai desta técnica é o cirurgião plástico brasileiro Almir Nácul. A máxima que o orientou foi a de rejuvenescer embelezando.

«A Bioplastia dá-nos a possibilidade de criar ângulos de beleza mais harmoniosos para quem não os tem, realçar a beleza pré existente, recuperar os contornos do rosto envelhecido ou complementar o resultado de uma cirurgia plástica já realizada», descreve no site da sua clínica. Victor Junqueira, mestrado em Medicina Morfológica e
Anti-age, a exercer na Newbody, em Lisboa, explica como tudo isto é possível:

Quais as suas aplicações?

A Bioplastia tanto pode ser utilizada no rosto (para corrigir defeitos estéticos, como a forma do nariz, ou recuperar os contornos, rejuvenescendo e embelezando) como no corpo (para remodelar e dar volume a algumas zonas, conferindo-lhes mais harmonia). Tratando-se de um tipo de preenchimento, o seu objectivo será sempre dar volume, nunca diminuir.

Para além disso, ajuda ainda a retardar o processo de envelhecimento graças ao efeito gerado a nível muscular pela sustentação do biomaterial implantado. «Desde que não haja alergias ou doenças de pele, o tratamento pode ser feito em qualquer pessoa que deseje rejuvenescer de forma simples e indolor», assegura Victor Junqueira.

O número de sessões necessárias depende da região a ser tratada e do volume a ser colocado, mas em regra são necessárias duas ou três aplicações para obter o resultado desejado e garantir proporções harmoniosas. Cada sessão demora cerca de 20 minutos. O preço médio por sessão ronda o valor de 600 €, dependendo da quantidade e volume desejado.

O segredo está no Radiesse

No Brasil, de onde é original, a Bioplastia utiliza como material de preenchimento o PMMA (polimetilmetacrilato), uma substância permanente que não é reabsorvida pelo organismo nem pode ser retirada.

Em Portugal, o PMMA não é autorizado, pelo que as intervenções de Bioplastia são feitas com outros materiais, como o Radiesse. Trata-se de uma substância biocompatível não causa alergia nem rejeição sintetizada em laboratório que confere volume às zonas onde é injectado. Tem a vantagem de não ser permanente. É reabsorvida pelo organismo ao final de algum tempo.

Texto: Fernanda Soares com Victor Junqueira (mestrado em Medicina Morfológica e Anti-age)