A medicina estética não é reconhecida enquanto especialidade autónoma em Portugal, pelo que a escolha de um
profissional devidamente habilitado pode tornar-se confusa.

Para não cair nas mãos erradas, existe uma série de cuidados que deve ter e recomendações que deve seguir.

Na verdade, os médicos que exercem
medicina estética licenciam-se em medicina.

Posteriormente, através
de diferentes especializações, pós-graduações, mestrados e doutoramentos, vão
adquirindo a formação e o conhecimento necessários para
aplicar as diferentes técnicas de medicina estética. Por norma,
são médicos de clínica geral, dermatologistas e cirurgiões
plásticos.

Regras para acertar

Certifique-se de que o profissional é, de facto, médico
e, por conseguinte, está habilitado a exercer qualquer
ato médico, incluindo no âmbito da medicina estética.
Se for o caso, tem de estar registado na Ordem dos Médicos
(a lista de todos os médicos devidamente registados
está disponível no site deste organismo). Depois, questione o
médico em questão sobre a formação adicional específica
que já adquiriu nesta área. Assegure-se de que a clínica onde o procedimento será
feito dispõe de todas as condições de higiene e segurança
necessárias para realizar um ato médico (ainda
que estético).

Fatores essenciais

A disponibilidade para realizar cirurgias é um deles. Um médico estético
não está devidamente habilitado a realizar intervenções
de cirurgia plástica. Caso se ofereça para fazê-lo, o
risco de complicações aumenta exponencialmente, podendo
daí resultar graves problemas de saúde para o paciente.

Não confie cegamente na orientação comercial. Fuja dos médicos ou centros médicos
que deleguem a observação dos doentes e a explicação
acerca dos procedimentos a realizar numa pessoa sem formação
médica (diretor de marketing, comercial ou equivalente). Cabe
ao médico fornecer toda a informação sobre a intervenção
e causa, bem como respetivos limites e riscos envolvidos.

Dado o vazio legal no que respeita à regulação da prática de medicina
estética em Portugal, algumas técnicas, como a depilação com laser,
podem ser aplicadas por outros profissionais (esteticistas ou enfermeiros,
por exemplo) e não necessariamente por médicos. Nesse sentido, a
Associação de Laserterapia e Tecnologias Afins (ALTEC) tem promovido
cursos de formação, de forma a fornecer a componente científica às
pessoas que já utilizam este tipo de equipamento mas só dominam a sua
componente técnica.

Revisão científica: José Parreia (diretor do Serviço de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética do Hospital Garcia de Orta)