Para José Pinheiro, presidente do município liderado pelo CDS-PP, "esta redução de impostos, conjuntamente com medidas tomadas na área social, são um sinal de incentivo para a fixação de pessoas e para o aumento da taxa de natalidade".

No caso do IMI Familiar, a taxa base para 2016 é de 0,8% para prédios rústicos e 0,35 para prédios urbanos, mas o Executivo aprovou reduções "de 10%, 15% e 20% para famílias com um, dois e três ou mais filhos, respetivamente".

José Pinheiro justifica com a atual situação financeira da autarquia a aplicação das reduções máximas permitidas pela Lei: "Assumimos o compromisso de que iríamos de forma progressiva, rigorosa e responsável reduzir a carga fiscal. Este é o momento de dar claramente um sinal de incentivo às famílias".

Já no que se refere à derrama, que é o imposto taxado sobre o lucro das pessoas coletivas, o autarca realça que "Vale de Cambra é o município com a taxa de desemprego mais baixa do país", mas defende que a Câmara deve ainda assim continuar a "criar condições que estimulem o empreendedorismo, o investimento e a fixação de novas empresas" no território.

O Executivo isentou assim do pagamento de derrama as empresas que apresentem lucro tributável inferior a 150.000 euros e também as que são novas no concelho, sendo que, para as restantes, foi aprovada uma redução de 10% nesse imposto, passando a respetiva taxa de 1,5% para 1,35%.

Quanto a empresas novas que venham a instalar-se no município em 2016, também ficarão isentas do pagamento da derrama por um período de dois anos, desde que aí criem um mínimo de cinco postos de trabalho.

"Sempre defendi que compete às empresas a criação de riqueza e todos sabemos que, na economia global, a carga fiscal é um dos principais fatores para a decisão dos empresários quanto ao investimento a realizar e ao local do mesmo", defende José Pinheiro. "[A isenção e redução de derrama] É claramente um incentivo às empresas para se fixarem e investirem em Vale de Cambra", remata.