Uma em cada cinco crianças no mundo não beneficia das vacinas que se estima salvarem a vida de dois a três milhões de crianças por ano, alertou a UNICEF a propósito da Semana Mundial da Imunização, que começou hoje.

 

“Um milhão e meio de crianças não teriam morrido em 2011 se tivessem sido vacinadas”, indicou em comunicado o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), salientando também a relação custo/benefício elevada da imunização com o exemplo de que “proteger uma criança do sarampo durante toda a vida custa menos de um dólar”.

 

A exclusão social ou geográfica, a falta de recursos, os sistemas de saúde deficientes ou os conflitos explicam a não vacinação das crianças, que em 2011 atingiram os 22,4 milhões, “mais quatro milhões que no ano anterior”.

 

Segundo a organização, mais de 70 por cento das crianças que não são vacinadas vivem em 10 países: Afeganistão, África do Sul, Chade, Etiópia, Filipinas, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão e República Democrática do Congo.

 

“A UNICEF teme que os esforços globais para vacinar todas as crianças tenham estagnado devido à diminuição do financiamento e ao enfraquecimento da vontade política”, adianta o comunicado.

 

Nesse sentido, o Fundo da ONU pede “apoio político” para o combate às desigualdades entre os países e no interior destes.

 

Lusa