O teste ao ADN fetal em células livres - ou seja, as pequenas quantidades de ADN do feto que circula no sangue da mãe - pode ser feito entre a décima e a décima quarta semana de gestação.

Os investigadores estudaram cerca de 16.000 mulheres e observaram que no ADN fetal em células livres foram identificados 38 casos de síndrome de Down, indica o estudo publicado na revista especializada New England Journal of Medicine.

Já os testes padrão feitos nas mesmas mulheres detetaram somente 30 dos 38 casos de síndrome de Down.

O teste padrão consiste na extração de sangue para examinar hormonas e proteínas associadas com os defeitos dos cromossomas comuns na síndrome de Down, combinado com um ultrassom que analisa o excesso de fluido na parte de trás do pescoço do feto.

Este ultrassom também falhou no diagnóstico, dando 854 falsos positivos, comparado com nove do teste de ADN.

"Entre 10 casos de trissomia 18 (síndrome Edwards), a técnica de ADN livre de células identificou nove e apontou somente um falso positivo", indica o estudo liderado por Mary Norton, professora da clínica de obstetrícia e ginecologia da Universidade da Califórnia, São Francisco.

Este teste de ADN também detetou dois casos de trissomia 13 (síndrome de Patau) e apontou um falso positivo, enquanto o teste padrão só identificou um caso dessa anomalia e diagnosticou erradamente o problema em 28 fetos.

Os pesquisadores ressaltaram, no entanto, que este teste de ADN em células livres é incapaz de encontrar outras anomalias encontradas pelo teste padrão.

"As mulheres que optarem por um teste de ADN em células livres devem ser informadas que este é um exame muito preciso para detetar a síndrome de Down, não fornecendo uma avaliação ampla disponível em outros testes", ponderou Norton.