Dados recentes da Organização Mundial de Saúde ditam que cerca de 32 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo, com idade igual ou inferior a 15 anos, sofrem de algum grau de perda auditiva.

Os audiologistas da GAES – Centros Auditivos recordam que "o perigo associado ao volume sonoro emitido por alguns brinquedos, que pode chegar aos 135 decibéis (dB), o equivalente ao barulho produzido por uma banda de rock".

"Apesar de existir uma norma europeia relativa às propriedades físicas e mecânicas dos brinquedos (EN-71) que, entre outras coisas, fixa o nível sonoro máximo na conceção de brinquedos seguros, aconselhamos os pais a evitar presentear os filhos com objetos ruidosos, sugerindo que os avaliem com a mesma minuciosidade com que, por exemplo, avaliam jogos constituídos por peças pequenas que podem causar asfixia", explicam os audiologistas.

Ciente da importância de ler atentamente a informação dos produtos – nomeadamente avisos de segurança – antes de os adquirir, a associação norte-americana Sight and Hearing elabora, anualmente, uma lista com os brinquedos mais ruidosos do mercado.

Dos 20 analisados em 2015, 16 tinham níveis sonoros acima dos 85 dB, o suficiente para causar danos auditivos em menos de 15 minutos.

"A saúde da audição deve ser tida em conta desde cedo. A perda auditiva nos primeiros anos de vida faz com que a criança deixe de estar exposta ao estímulo da linguagem e, consequentemente, haja um desfasamento a nível do desenvolvimento linguístico, com repercussões na aprendizagem", alerta Dulce Martins Paiva, diretora-geral da GAES – Centros Auditivos.