Das sete arguidas, apenas uma falou nesta primeira sessão de julgamento, no Tribunal de S. João Novo, para negar os factos.

“Se as crianças fossem mal tratadas, eu nunca compactuaria com isso. E ter-me-ia ido embora”, disse a arguida em causa.

A auxiliar, que iniciou funções na instituição em março de 2013, numa altura em que pelo menos parte dos factos já teriam ocorrido, acrescentou nunca ter visto nada de anormal.

“Senti as crianças sempre muito felizes ali. Elas tinham muito carinho por todas nós. Algumas faziam birras quando os pais as vinham buscar para não irem embora”, frisou.

Segundo a acusação, durante o ano letivo de 2012/2013, as sete funcionárias, educadoras de infância e auxiliares de educação, terão colocado crianças à sua guarda num quarto às escuras.

Terão dado bofetadas e sapatadas às crianças quando estas não queriam comer ou assumiam comportamentos que lhes desagravam, refere também o Ministério Público, acrescentando que as arguidas evitavam dar água às crianças para que urinassem e, consequentemente, para evitarem mudar de fralda frequentemente.