Calúnia ou difamação através das redes sociais, agressões, humilhações e perseguições tornaram-se frequentes nas participações em meio escolar feitas à Polícia de Segurança Pública (PSP).

Segundo o subintendente Hugo Guinote, chefe da Divisão de Prevenção Pública e Proximidade da PSP, não se trata de uma realidade nova, mais grave ou mais frequente, escreve o jornal Público, mas sim o reconhecimento e uma maior consciência de que certos comportamentos antes ocultados são censuráveis.

Em 2013, a PSP registou 1050 ocorrências de violência no namoro. No ano seguinte, nos estabelecimentos de ensino, públicos e privados, esse número aumentou para 1549, ou seja mais 50%.

De acordo com Hugo Guinote, citado pelo referido jornal, esta tendência é fruto da exposição do fenómeno e da sua maior censura entre pares, também graças a campanhas sobre a violência doméstica.

Ao passarem de 1050 para 1549 num só ano, os casos participados à PSP de violência no namoro aumentaram mais do que o total de participações por violência em ambiente escolar que subiram de 4932 para 5361, recebidas no âmbito do programa Escola Segura.

Tanto raparigas como rapazes são vítimas da violência no namoro, diz Hugo Guinote. Mas em cerca de 80% dos casos são as raparigas que apresentam queixa.