“As comissões têm um árduo trabalho, são 1.608 casos em acompanhamento, o que é uma grande dimensão para as 11 comissões que temos na região”, disse Rubina Leal, à margem de uma reunião, no Funchal, entre representantes destas estruturas e o presidente nacional das CPCJR, Armando Leandro.

A governante adiantou que existem “mais de 220 crianças e jovens institucionalizados” no arquipélago e que a região dispõe de cerca de meia dúzia de “estruturas, públicas e privadas, que são suficientes para dar resposta” a esta problemática.

Além destas instituições, Rubina Leal destacou que existem “os apartamentos de transição, para aqueles jovens que estão a atingir a maioridade, onde procuram alguma autonomização”.

A governante apontou que, no primeiro semestre deste ano, foram sinalizados 70 novos casos, o que representa um aumento de 4% em comparação com o mesmo período de 2014.

Em termos de distribuição geográfica, o Funchal surge com 608 casos, seguindo-se Câmara de Lobos (296) e Santa Cruz (241), “os municípios com maior densidade populacional”.

Nesta tabela, o concelho com menos problemas é o do Porto Moniz, no norte da ilha (13), enquanto a ilha do Porto Santo tem sinalizadas 28 situações.

Rubina Leal salientou que os casos são, sobretudo, “diagnosticados pelas escolas”, que considera serem “os laboratórios que identificam os miúdos vítimas de negligência, que estão em situações de risco e pode haver abandono escolar”.

A governante realçou que uma das causas de maior preocupação é “a violência doméstica”.

Em termos de problemáticas sinalizadas, há a exposição a comportamentos que possam comprometer o bem-estar do menor (465), abandono escolar (346), a negligência (283), sendo 90 os casos de maus tratos psicológicos, 67 os maus tratos físicos e 26 as situações relacionadas com abusos sexuais.