Chama-se “Medidas preventivas – Como os mais novos evitam os riscos online” e é o nome do mais recente relatório do projeto europeu EU Kids Online. Trata-se de um estudo que se baseou nas respostas de 349 utilizadores, de nove países da Europa, incluindo Portugal, com idades entre os 9 e os 16 anos, acerca do que entendiam poder ser um perigo no uso da Internet.

Os resultados demonstraram, então, que o que os adultos veem como perigo, não é, muitas vezes, percecionado do mesmo modo pelos jovens. Por exemplo, se uma fotografia em poses sensuais é visto como algo de negativo pelos pais, já os filhos relativizam. Por sua vez, se a mesma der origem a comentários positivos, a experiência até se vai revelar "agradável". Caso contrário, poderá chegar ao ponto de se tornar traumatizante.

Entre as "situações problemáticas" (expressão usada no estudo em vez do uso da palavra "risco") que mais preocupam os jovens quando usam a Internet, estão o bullying, abuso de informações pessoais, assédio, exposição a conteúdos sexuais e comerciais e contacto indesejado por parte de estranhos. Contudo, apesar das "preocupações", os investigadores descobriram que os inquiridos “não faziam necessariamente alguma coisa para as evitar”.

Estas e outras conclusões levam os investigadores deste estudo a considerar importante consciencializar as crianças e os jovens para os perigos que podem surgir no mundo virtual, de modo a poderem evitá-los. Estratégias simples como mudar as definições dos perfis, publicar imagens ou conteúdos neutros, limitar a rede de amigos a quem se conhece pessoalmente e ignorar pedidos de estranhos, são as medidas preventivas mais usadas pelas crianças e jovens que participaram neste estudo.

A versão integral deste relatório irá ser apresentada em maio de 2014.