Segundo um comunicado da PJ, as competências académicas e a experiência profissional que constava dos documentos falsificados pelo arguido permitiram-lhe obter um lugar como professor “numa escola da zona de Setúbal, ultrapassando milhares de candidatos".

A polícia adiantou que aquele professor, licenciado em informática, sabia que a classificação final que tinha obtido, de 11 valores, era insuficiente para obtenção dos lugares que pretendia, pelo que "falsificou declarações comprovativas de melhoria de nota, no âmbito da sua licenciatura e um certificado de habilitações do grau de mestre em engenharia informática, em qualquer dos casos com elevada classificação final".

Para dar credibilidade aos documentos forjados, o arguido terá recorrido a "assinaturas digitalizadas retiradas de documentos verdadeiros e a cunhos de selos brancos, igualmente falsos, encomendados numa tipografia da margem sul do Tejo, desconhecedora da realidade".

De acordo com a PJ, o arguido terá ainda falsificado as datas e os códigos de um comprovativo de ações de formação que lecionou, durante três anos, num Centro de Emprego, que comprovavam uma experiência profissional mais alargada, mas que também não correspondia à realidade.

Na sequência da investigação iniciada pela PJ em novembro de 2015, o presumível falsário deverá responder pelos crimes de burla e falsificação de documentos.