“Erradicar a pobreza tem de ser a ambição maior da nossa sociedade, tem de ser a ambição maior das nossas gerações”, defende Vieira da Silva, numa mensagem divulgada no ‘youtube’ e no ‘twitter’ oficial do Governo e do ministério, para assinalar o Dia Internacional Para a Erradicação da Pobreza, comemorado hoje.

Na mensagem, o ministro afirma que “a pobreza muitas vezes quer dizer guerra”, “refugiados”, “idosos abandonados” e “crianças sem apoio” e “quase sempre quer dizer desemprego” e “tantas vezes quer dizer desigualdade”.

Aludindo à situação em Portugal, o ministro afirma que é um “país com demasiada pobreza”, situação que é preciso combater. “Naturalmente que temos de ter prioridades, e a maior prioridade é o combate à pobreza infantil, aquela que, se não for contrariada, vai perpetuar o ciclo geracional de exclusão e de desigualdade”, defende Vieira da Silva. E “o caminho” para a combater – salienta - passa por reforçar o apoio às famílias com crianças mais jovens, até aos três anos, garantindo tanto do seu futuro.

Nesse sentido, anuncia, vai ser reforçado em 2017 o abono de família. Mas o caminho, acrescenta, também passa por “contrariar o abandono e o insucesso escolar e garantir a todas as crianças o direito à edução pré-escolar”.

A nível da saúde, o objetivo é “assegurar que todas as crianças têm o apoio médico necessário”. “Estes são objetivos de quem governa, são objetivos das políticas públicas, mas são objetivos que têm de mobilizar toda a sociedade para que erradicar a pobreza não seja apenas mais uma bela utopia”, salienta o ministro Vieira da Silva na mensagem.

Número de pobres aumentou

Segundo um estudo divulgado em setembro pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, chamado “Portugal Desigual”, o número de pobres aumentou, entre 2009 e 2014, em 116 mil (para 2,02 milhões), com um quarto das crianças e 10,7% dos trabalhadores a viverem abaixo do limiar da pobreza (6,3% em privação material severa).

Hoje, um em cada cinco portugueses vive com um rendimento mensal abaixo de 422 euros, adianta o estudo, segundo o qual os rendimentos dos portugueses tiveram uma quebra de 12% (116 euros por mês) naquele período.