A Austrália é assim o único país não europeu a fazer parte do top ten mundial entre 179 países. A Somália é o pior lugar lugar do mundo para ser mãe, logo depois da República Democrática do Congo e da República Centro-Africana.

O "16.º Índice Mundial das Mães", o mais recente relatório da Save The Children sobre maternidade, é baseado em indicadores relacionados com a saúde, educação, nível de rendimento e estatuto das mulheres. (Veja aqui os 20 melhores países para ser mãe)

Os países escandinavos voltaram a liderar os lugares de topo, com a Noruega este ano a bater a Finlândia que detinha o primeiro lugar no ano passado. A Austrália surge no nono posto, atrás da Islândia (3), Dinamarca (4), Suécia (5), Holanda (6), Espanha (7) e Alemanha (8). A Bélgica classificou-se no 10.º posto. A França e Reino Unido tomam este ano os 23.º e 24.º lugares, atrás do Canadá no número 20. Os Estados Unidos caíram do 31.º posto para o 33.º, atrás do Japão (32), Polónia (28) e Croácia (30).

Os piores lugares para se dar à luz

Os dez piores lugares do mundo para se ser mãe ficam todos na África subsaariana, apenas com o Haiti a dividir o 169.º posto com a Serra Leoa. Nove dos dez países onde é mais difícil ser mãe são também assolados por conflitos militares.

A disparidade em termos de mortalidade infantil é impressionante: nestes 10 países, pelo menos uma mãe em cada oito perde uma criança antes dos cinco anos.

A organização não governamental Save the Children também analisou as taxas de mortalidade infantil nas 24 capitais mais ricas do mundo e encontrou Washington com a maior taxa, com 7,9 mortes por mil nascimentos.

Por outro lado, Estocolmo e Oslo apresentam taxas de mortalidade infantil iguais ou inferiores a dois óbitos por mil. Número idêntico para Lisboa que surge em quinto lugar desta lista mundial.

Carolyn Miles, responsável da organização, lembra que os dados confirmam que a riqueza económica de um país não é o único fator que garante uma maternidade feliz e saudável. No caso da Noruega, "de facto têm uma grande riqueza, mas investem essa riqueza nas mães e crianças, que é para eles uma grande prioridade", realçou Miles, cita a agência France Presse.