O documento, publicado esta quinta-feira na página da Internet daquele organismo, adianta que dos 18 menores sinalizados, seis foram confirmados e os restantes classificados como “não confirmados”, “em investigação” e “sinalizado por organização não governamental”.

Segundo o OTSH, as seis situações de tráfico de seres humanos confirmadas reportam-se a vítimas do sexo feminino e são essencialmente de nacionalidade angolana (cinco).

Portugal surge em três registos como país de destino e em outros três casos como país de trânsito, numa tentativa de entrada no espaço europeu com destino final a França.

O relatório refere também que as formas de controlo dos menores apontadas diziam respeito a ameaças diretas e verbais, controlo dos movimentos, ofensas corporais, ausência de remuneração e exploração de vulnerabilidades.

O documento sublinha que, entre os menores sinalizados, há situações de exploração para fins de exploração sexual, associada a presumíveis vítimas do sexo feminino.

O relatório de 2015 daquele organismo tutelado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) dá conta de que as ocorrências em trânsito detetadas em postos de fronteira aérea, em alguns casos também associadas aos crimes de auxílio à imigração ilegal e de associação criminosa, reportam-se maioritariamente a menores de idades oriundos de países africanos, a viajar com adultos sob falsa relação de parentesco, com passaporte falsos, tendo como destino outros países europeus, nomeadamente França e Reino Unido.