"Estamos a ter muitos cancelamentos de eventos. As crianças estão com medo de nós", lamento Jackson Prates de Oliveira, conhecido como "Palhaço Pirulito", profissão que desempenha há 15 anos.

"No outro dia uma pessoa chamou-me assassino", conta citado pelo portal de notícias G1.

Jackson Prates lembra que os "palhaços que atuam em hospitais, como os Doutores da Alegria e os Doutores do Riso, ajudam a curar doenças". Em Portugal, existem os Doutores Palhaços, uma ONG que trabalha junto de hospitais e pediatrias do país inteiro com a mesma função: divertir e ajudar as crianças a lidarem com a doença.

O "Palhaço Popozudo", outro profissional, conta que já perdeu atividades, como um trabalho numa colónia de férias: "Os pais acharam melhor não ter palhaços no evento", mas "somos os palhaços do bem, do amor e da alegria".

O desfile de ontem em São Paulo insere-se na onda de protestos contra a imagem dos "palhaços assustadores" que começou nos Estados Unidos e que entretanto já chegou a outros países.

Os palhaços criaram um grupo na rede social Facebook chamado "Palhaços do Bem" para divulgarem a situação e darem conta dos benefícios de ter um palhaço "verdadeiro" e "do bem" por perto.