“Foi com grande felicidade que ouvimos este anúncio do ministro. É a primeira vez que alguém responsável diz que [a obra] se vai realizar e põe datas no assunto”, disse o presidente da associação, Alexandre Marvão.

O responsável falava na sequência das declarações do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na discussão na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para 2016, segunda-feira, na Assembleia da República.

Quando questionado pela deputada do PCP Ana Mesquita acerca da construção da segunda fase da Escola Básica do Parque das Nações, o governante disse que é “prioritária” e terá início “ainda este ano, uma vez que está inscrita uma verba em sede de OE”.

Tiago Brandão Rodrigues admitiu que, caso sejam necessárias outras fontes de financiamento, serão recrutadas, como “um plano Juncker para a Educação e ainda o orçamento da Parque Escolar”.

Contudo, frisou que “existe uma verba considerável inscrita em sede de OE”.

À Lusa, o presidente da associação de pais disse que estas declarações dão “uma maior esperança de que seja desta vez que a escola seja concluída”.

Quanto à data avançada pelo ministro, Alexandre Marvão frisou que permite, se tudo correr bem, ter a escola em pleno funcionamento no ano letivo 2017/2018.

Afirmando que esta tem sido “uma grande luta” dos pais, o responsável lembrou que culminou com a entrega de uma petição no Ministério da Educação, na Assembleia Municipal de Lisboa e na Assembleia da República.

A Escola Básica do Parque das Nações abriu no segundo período do ano letivo 2010/2011, sem refeitório e “sem condições nenhumas”, segundo Alexandre Marvão.

Atualmente, os alunos fazem as refeições em contentores cedidos pela Câmara de Lisboa, mas “não têm condições para terem uma copa, então continuam a ter comida de avião”, indicou.

Projetado para lecionar até ao 9.º ano, o estabelecimento foi aberto instalações apenas para o jardim-de-infância e para o 1.º ciclo (até ao 4.º ano).

Tem atualmente 100 alunos do ensino pré-escolar, 200 do 1.º ciclo e 60 do 2.º ciclo. Estes últimos têm aulas na escola Eça de Queiroz (escola sede do agrupamento) enquanto a segunda fase não é construída.

Por a escola nunca ter sido concluída, não há biblioteca, ginásio, sala de convívio ou refeitório. A comida vem em embalagens pré-aquecidas.