Um novo estudo revela que os bebés podem sofrer de síndrome alcoólica fetal, mesmo que a mãe nunca tenha bebido durante a gravidez. O culpado? O pai.

"Setenta e cinco por cento das crianças com esta síndrome têm pais biológicos que são alcoólicos", afirma Joanna Kitlinska, investigadora principal do estudo. E acrescenta. "Beber afeta negativamente a descendência dos homens, resultando em bebés com peso e tamanho do cérebro reduzido e dificuldades de aprendizagem".

O relatório da Universidade de Georgetown Medical Center também cita estudos anteriores que concluiram que homens com mais de 40 anos eram cinco vezes mais propensos a ter crianças com autismo do que pais de 30 anos e mais jovens, comprovando que o relógio biológico aplica-se tanto aos homens como às mulheres.

"Sabemos que o ambiente nutricional, hormonal e psicológico fornecido pela mãe altera permamentemente a estrutura dos órgãos, a resposta das células e a expressão genética", continua Joanna Kitlinska.

O estudo revela que o mesmo se aplica ao pai, e que a idade reflete-se nas moléculas que controlam a função dos genes. Desta forma, um pai pode afetar não só a sua descendência imediata, como as futuras também.