A Ordem dos Médicos (OM) defende que os pais não deveriam assistir a partos por cesariana, o que é permitido desde julho de 2016.

A notícia é avançada pela edição impressa desta quarta-feira (22/03) do jornal “Público”.

O colégio da especialidade de Anestesiologia da Ordem dos Médicos deu um parecer crítico em relação à regra, com o atual e o anterior bastonários a questionarem o despacho.

“Compreende-se e valoriza-se a importância da presença parental ou de outra pessoa considerada significativa no acompanhamento da grávida durante as diferentes fases do trabalho de parto. Contudo, considera-se não apropriada a presença daquele utente em ambiente de sala operatória”, pode ler-se no parecer publicado na última revista da OM, citado pelo referido jornal.

As razões para o parecer prendem-se com questões de segurança e qualidade clínicas, apesar de os hospitais terem tido três meses para se adaptarem e criarem condições para o acompanhamento dos partos por cesariana. A excepção são casos de situação clínica grave.

O parecer refere que o bloco operatório é "um espaço de uma elevada especificidade, técnica e logística, que não se coaduna" com a presença de pessoas estranhas àquela atividade.