Até 2030, o mundo deverá ter vacinas licenciadas que reduzam os casos de malária em 75 por cento e que sejam capazes de eliminar a doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

De acordo com a notícia avançada pela agência Lusa, este objetivo junta-se ao plano de ação de 2006 que determinava a criação, até 2015, de uma vacina licenciada contra a forma mais mortal da malária, para crianças com menos de cinco anos, na África subsaariana.

 

«Vacinas seguras, eficazes e acessíveis podem ter um papel determinante para derrotar a malária», disse o diretor do Programa Malária Global, da OMS, Robert Newman.

 

O responsável destacou que, apesar dos «avanços recentes» feitos pelos países e das «inovações importantes no diagnóstico e medicamentos», a prevalência da malária a nível mundial permanece «inaceitavelmente elevada».

 

De acordo com dados recentes da OMS, a malária causa anualmente 660 mil mortos em 219 milhões de casos de doença. As recomendações da organização mundial para controlar a malária foram associadas a uma redução em 26 por cento da taxa de mortalidade causada por esta doença na última década e vacinas antimalária eficazes são vistas como um complemento importante, caso sejam desenvolvidas com sucesso.

 

O novo plano de ação pretende identificar as áreas em que fundos adicionais e atividades são particularmente determinantes para o desenvolvimento da segunda geração de vacinas quer para a proteção contra a malária quer para a sua eliminação.

 

«As novas vacinas devem demonstrar uma eficácia de pelo menos 75 por cento contra a malária clínica, ser apropriadas para o uso em todas as regiões onde a malária é endémica, e estar licenciada em 2030», disse Jean-Marie Okwo Bele, responsável de Imunização e Vacinas da OMS.

 

 

Maria João Pratt