A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma iniciativa para melhorar o acesso das mulheres ao planeamento familiar, após terem dado à luz e durante o primeiro ano de maternidade, avança o portal Isaúde.

 

De acordo com a OMS, a ferramenta denominada Acesso Completo ao Planeamento Familiar Pós-Parto fornece intervenções de cuidados de saúde a todos os níveis. Apresentado na passada quarta-feira em Adis Abeba (Etiópia), o recurso pretende ampliar o acesso às medidas para novas mães através de métodos cientificamente comprovados.

 

A agência lembra que há riscos para a saúde das mães e dos bebés devido ao curto espaço de tempo entre as vezes em que elas engravidam ou quando a gravidez ocorre num momento indesejado.

 

O estudo sobre Dados Demográficos e de Saúde em 27 países em desenvolvimento demonstra que 95 por cento das mulheres querem evitar nova gravidez por pelo menos dois anos após o parto. Entretanto, quase sete em cada dez não usam nenhum método de contraceção.

 

A Etiópia é destacada em análise similar por ter oito em cada 10 mulheres sem usar qualquer contracetivo após terem um filho.

 

De acordo com a OMS, um espaçamento de pelo menos dois anos entre duas gestações pode evitar 10 por cento das mortes de bebés, e cerca de um em cada cinco casos de mortes de crianças entre um e quatro anos de idade.

 

Os principais alvos do novo recurso são gestores de programas de saúde e responsáveis pela criação de políticas para o sector. Uma das principais ações propostas é garantir boa aplicação da estratégia de distribuição e incentivo do uso de contracetivos no pós-parto.

 

Também foi sugerido material informativo de alta qualidade e de fácil compreensão sobre as opções de planeamento, além da aplicação de padrões globais de cuidados na formação dos profissionais de saúde.

 

O lançamento dos novos procedimentos aconteceu na capital etíope durante a Conferência Internacional sobre Planeamento Familiar que termina hoje, dia 15 de novembro.

 

 

Maria João Pratt

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