Odemira alerta para degradação de escola e risco de segurança para alunos

A Câmara de Odemira alertou hoje para o "avançado estado de degradação" da escola secundária da vila, que "coloca em risco a segurança de alunos, professores e auxiliares", e exigiu o início das obras de requalificação do estabelecimento.

MARIO CRUZ / LUSA

Num comunicado enviado à agência Lusa, a autarquia explica que a avaliação do estado da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves consta no relatório da recente vistoria feita ao estabelecimento de ensino pelo serviço municipal de proteção civil, pela delegada de saúde do Alentejo Litoral, por técnicas de saúde ambiental do Centro de Saúde e pelos bombeiros de Odemira.

Segundo a autarquia, o relatório da vistoria evidencia o estado de degradação dos laboratórios, alpendres e zonas de recreio, a deterioração da rede elétrica, de pavimentos e tetos e o mau estado de conservação geral de todo o edificado e alerta para "a falta de segurança", devido à "ausência de sistema de segurança interno".

Canalização obsoleta e com ruturas frequentes, mobiliário antigo e degradado e a inexistência de uma eficaz rede de acesso à internet são outras das situações apontadas no relatório da vistoria, refere o comunicado da Câmara.

A empreitada de requalificação da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves foi contratada e devia ter começado em 2011, mas foi suspensa sem que tenham sido efetuadas "quaisquer obras alternativas de reparação dos estragos".

Quatro anos depois, "as obras não se realizaram e as instalações continuam a degradar-se", lamenta a autarquia, que, em setembro de 2014, aprovou uma moção a alertar para as "precárias e indignas condições de trabalho de professores, funcionários e alunos" e a "exigir a execução das obras de requalificação" da escola.

Segundo a autarquia, desde 2011, foram várias as diligências de deputados, autarcas, professores, auxiliares e encarregados de educação junto da Presidência da República, do primeiro-ministro, ministro da Educação, Assembleia da República e organismos regionais, "embora sem resultados práticos".

"Perante o estado de degradação e a falta de segurança da escola, bem como a evidente falta de vontade política do Governo", a Câmara de Odemira refere que vai dar conhecimento do relatório da vistoria "a todas as entidades com responsabilidade na educação a nível local, regional e nacional".