Em 2014, registaram-se 82.367 nascimentos de crianças cujas mães eram residentes em Portugal, valor que representa uma quebra de 420 nados vivos relativamente a 2013 (-0,5 por cento).

O número de óbitos de residentes em território nacional foi de 104.790 (106.545 em 2013), na sua maioria de pessoas com 65 ou mais anos.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a diferença entre os valores de nados vivos e os óbitos verificados resulta num saldo natural negativo de 22.423 (23.756 em 2013), o que acontece pelo sexto ano consecutivo.

O INE assinala, no entanto, que o decréscimo dos nascimentos em 2014 registou "menor intensidade do que nos três últimos anos: -4,5% em 2011, -7,2% em 2012 e -7,9% em 2013", para o que terá contribuído o nascimento no segundo semestre de 2014 de mais 1.024 crianças do que no período homólogo de 2013.

Contudo, sublinha o INE, esta evolução não foi suficiente para compensar o decréscimo de 1.444 nascimentos no primeiro semestre, que se traduziu numa quebra de 3,6 por cento face ao mesmo período de 2013.

Quase metade (49,3 por cento) do total de nascimentos ocorreu “fora do casamento” (47,6 por cento em 2013 e 38,1 por cento em 2009) e o número de nascimentos "fora do casamento sem coabitação dos pais" quase duplicou relativamente a 2009, passando de 7,9 por cento para 15,8 por cento.

Os dados do INE revelam ainda que aumentou o número de nascimentos de crianças de mães com 35 e mais anos de idade (7,9 pontos percentuais relativamente a 2009) e caiu o número de mães com menos de 20 anos (menos 1,4 pontos percentuais) e entre os 20 e os 34 anos (menos 6,7 pontos percentuais).

Entre 2009 e 2014, o mês de setembro foi aquele em que ocorreu o maior número de nascimentos de crianças enquanto o mês com menor número de nascimentos tem sido o mês de fevereiro.

Relativamente ao número de mortes, em 2014, registaram-se 104.790 óbitos de residentes em território nacional, representando uma redução de 1,6 por cento da mortalidade em relação a 2013.

Da totalidade de óbitos registados em 2014, 53.196 eram de homens e 51.594 de mulheres.

A maioria das mortes foi de pessoas com 65 e mais anos (84,1 por cento) e mais de metade (56,3 por cento) de pessoas com 80 e mais anos.

O mês de janeiro foi aquele em que se registaram mais mortes, seguido de dezembro.