Nos últimos seis anos o número de mortes por afogamento não tem diminuído, apesar de em 2005 ter-se verificado um decréscimo, refere a Associação para a Promoção da Segurança Infantil.
Neste sentido, a APSI lança, pelo 10º ano consecutivo, a campanha Segurança na Água - A Morte por Afogamento é Rápida e Silenciosa, que visa a prevenção dos afogamentos com crianças e jovens.
O alerta visa, uma vez mais, diminuir as estatísticas. Segundo relatório da Associação, nos últimos 10 anos ocorreram pelo menos 189 afogamentos com desfecho fatal em crianças e jovens. Paralelamente, entre 2009 e 2011, 92 crianças e jovens foram internados na sequência de um afogamento, sendo que 37% foram crianças dos 0 aos 4 anos, 27% jovens entre os 15 e 18 anos, 19% crianças entre os 10 e os 14 anos e 17% entre os 5 e os 9 anos.
Em 2011, a APSI recolheu e analisou 17 (novos) casos de afogamento em crianças e jovens até aos 18 anos, publicados na imprensa (9 dos quais fatais). Esta recolha, apesar de não abranger o número total de afogamentos que ocorrem, tem permitido, ao longo dos anos, identificar os padrões de ocorrência deste tipo de acidente.
Segundo a sua própria análise, 70% dos afogamentos ocorreram com rapazes, 34% das crianças tinham entre os 0 e os 4 anos e 47% dos casos ocorreram em planos de água construídos (tanques, poços, piscinas) e 47% em planos de água naturais (praias, rios/ribeiras/lagoas), isto é, de forma proporcional em ambos os ambientes.
Quanto à altura do ano, em todos os meses há registo de afogamentos, sendo julho (24%) e agosto (19%) os meses onde se verificam mais casos, seguidos dos meses de junho (11%), maio (10%) e abril (8%).
4 de julho de 2012