Um novo teste para detetar a síndrome de Down no feto poderá vir a ser usado em hospitais de todo o mundo. Segundo um grupo de investigadores da Stanford University da Califórnia, nos EUA, uma simples análise ao sangue realizada a mulheres grávidas poderá mostrar se há traços da patologia no feto. Esta anomalia verifica-se quando existem três pares de cromossomas 21, em vez de dois, um dado detetável por este novo exame, sem que assim se tenha de recorrer à amniocentese, um método invasivo que comporta risco abortivo.

Não é, contudo, o único. Em abril deste ano, aquando da divulgação dos resultados de um ensaio clínico em alta escala, um novo teste pré-natal, não invasivo, denominado Harmony, desenvolvido pela empresa Ariosa Diagnostic, revelou ser mais eficaz na despistagem de trissomia 21. De acordo com o New England Journal of Medicine, a experiência, batizada NEXT, siga que deriva de non-invasive examination of trisomy, incidiu sobre mais de 18.500 grávidas.

As mulheres no primeiro trimestre de gravidez que se submeteram à experiência apresentaram uma taxa de falsos positivos na casa dos 0,06%, uma percentagem mais de 90 vezes inferior à registada por outros métodos de despistagem. «Detetando os casos de trissomia 21 com uma maior precisão, o teste Harmony reduz consideravelmente os riscos de falsos positivos nos resultados, bem como a necessidade de recorrer a métodos mais invasivos», assegura Thomas Musci, diretor médico da companhia.