“O advento das tecnologias e a potencialização das suas funcionalidades permitiram que as burlas ‘online’ tenham vindo a assumir um maior destaque”, entre os 490 casos registados em 2015, refere em comunicado o Comando Distrital de Coimbra da PSP.

Nesta área, “as mais comuns são aquelas que têm a ver com o ‘e-commerce’, o arrendamento para férias e o uso indevido de cartão de crédito alheio”, acrescenta.

Por outro lado, “aproveitando a fragilidade das vítimas, as burlas continuam a ter um forte impacto nas pessoas com idades mais avançadas”.

Segundo a PSP, a técnica utilizada pelos autores destes crimes continua a assentar no engano das vítimas “através de discursos convincentes e eloquentes, boa aparência ou fazendo-se passar” por familiares ou conhecidos.

“Os burlões também se apresentam como sendo videntes, professores, curandeiros ou astrólogos, no sentido de obterem a confiança pretendida”, refere.

A PSP aconselha as pessoas a tomarem algumas precauções para não caírem no “conto do vigário” e recorda as sete burlas mais frequentes dos últimos anos: falsa herança ou doação, falsos peditórios, falsos videntes, burla da troca de notas, falso amigo ou familiar, falsos funcionários e burlas ‘online’.

No último ano, a PSP de Coimbra realizou investigações no âmbito de mais de 250 processos criminais por burla, na sequência de queixas apresentadas pelas vítimas.

“Para haver procedimento criminal, é necessário formalizar queixa”, esclarece. O crime de burla é punido com pena de prisão até três anos ou multa.

No âmbito da prevenção, a PSP de Coimbra efetuou 65 ações de sensibilização da população no ano passado.