Quase um quinto das vagas abertas no ensino superior ficaram vazias no final das três fases do concurso de acesso.

Para o concurso de acesso ao ano letivo universitário 2014/2015, havia menos lugares disponíveis e mais candidatos. Ainda assim, o setor não conseguiu atrair estudantes suficientes. Os institutos politécnicos e os cursos de engenharia são os mais afetados.

Nas três fases do concurso nacional deste ano, cujos resultados finais são conhecidos esta sexta-feira, ingressaram no ensino superior 41.464 estudantes – menos 17 do que no ano passado. Esta tendência contraria a do número de candidatos que cresceu 5%, totalizando 64.992 estudantes.

As instituições públicas tinham reduzido a sua oferta em 641 vagas, mas ainda assim não conseguiram ocupar 18,4% dos 50.820 lugares disponibilizados, escreve o jornal Público.

As universidades viram preenchidas 92% das suas vagas, ao passo que os politécnicos só conseguiram estudantes para 68% da oferta.

Só as escolas superiores de enfermagem de Coimbra, Lisboa e Porto e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, que são instituições pequenas, conseguiram ocupar a totalidade das vagas.

O pior resultado é o do Instituto Politécnico de Tomar, que não conseguiu ter estudantes para mais do que 31% dos lugares disponíveis. Os politécnicos de Bragança (37%), Beja (43%), Portalegre (47%) e Guarda (48%) também ocuparam menos de metade das vagas inicialmente a concurso.