No comunicado, o ME refere que a criação de turmas mistas “é a solução prevista na lei, e pedagogicamente validada, para as escolas com um número de alunos muito reduzido”.

Sublinha ainda que “é para evitar que haja a necessidade de recorrer a turmas mistas – as quais são uma minoria no panorama nacional - que, em alguns territórios, os municípios optam pela construção de centros escolares".

“Avançar com uma situação de excecionalidade, neste caso [Rossas], seria criar um foco de desigualdade relativamente a outros que se encontram em situações semelhantes”, remata o comunicado.

A EB1 de Rossas, em Vieira do Minho, apareceu hoje fechada a cadeado, num protesto contra a existência de uma turma mista, composta por alunos dos 1.º e 2.º anos, informou o presidente da Associação de Pais.

Paulo Magalhães disse à Lusa que este protesto surge depois de “esgotadas todas as vias de diálogo com a tutela”.

“O que a tutela diz é que bastava haver mais um aluno para formar turmas autónomas para cada um dos anos. É verdadeiramente inacreditável que por um aluno se esteja a prejudicar o sucesso educativo de 26 crianças”, referiu.

Aquela turma mista é constituída por 11 alunos do 1.º ano e 15 do 2.º.

O cadeado foi entretanto removido pela GNR, mas os pais não permitiram que os filhos fossem às aulas e prometem protestos “mais fortes” para segunda-feira.

Segundo Paulo Magalhães, aquela escola tem 84 alunos.