O material de cobertura das instalações contém amianto, “representando um perigo grave de saúde pública para a comunidade escolar de Oliveira do Hospital, devido ao seu deplorável estado de conservação”, alertam as associações de pais e de estudantes em comunicado.

Para este problema, “tem sido por sucessivas vezes solicitada a ação do Ministério da Educação”, através da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), que “até ao momento nada tem feito”, lamentam.

A manifestação realiza-se às 08h15 de segunda-feira, junto à sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra.

“Se esta manifestação não surtir o efeito pretendido, avançaremos com formas de luta mais extremistas, tanto ao longo do segundo período, como ao longo de todo o ano letivo”, que poderão passar pelo “fecho da escola”, avisam os promotores, indicando que representantes da Câmara Municipal deverão integrar a iniciativa.

A vereadora com o pelouro da Educação, Maria da Graça Brito Madeira, disse hoje à agência Lusa que a situação “tem vindo a preocupar” o executivo, que desde o ano passado fez “diversas diligências” junto do Ministério da Educação, através da DGEstE, mas sem resultado.

“Estamos cansados”, adiantou, frisando a necessidade “de retirar urgentemente as placas de fibrocimento”, a fim de resolver “este problema de saúde pública”.

No início de novembro, a Câmara de Oliveira do Hospital, liderada por José Carlos Alexandrino, disse estar “ao lado da preocupação” manifestada pelos pais e alunos.

A autarquia “tem acompanhado em pormenor esta situação, quer através de contactos regulares com a Associação de Pais, quer em sede do Conselho Municipal de Educação e até na própria Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, onde o tema também tem sido analisado”, declarou na ocasião José Carlos Alexandrino à Lusa.

“Temos feito diversas diligências junto das autoridades de saúde a alertar para o problema, que reconhecem a gravidade da situação, mas remetem a resolução para a DGEstE”, acrescentou.

Segundo o autarca, eleito pelo PS na condição de independente, o Ministério da Educação “conhece o problema, tem as escolas referenciadas, mas em comunicação escrita”, em 16 de abril, “alegou que só procederá à substituição das referidas coberturas em amianto quando ‘tiver disponibilidade financeira’ para o efeito”.

A Lusa tentou obter a posição do Ministério da Educação sobre este assunto, tendo uma fonte do gabinete de imprensa remetido um esclarecimento para os próximos dias.