A decisão foi anunciada hoje pela vice-presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, Mara Baptista Quiosa, durante a segunda reunião do comité técnico municipal de prevenção e auditoria de mortes maternas, neonatais e infantis do município capital.

"Temos a necessidade de uma notificação semanal sobre as mortes maternas que ocorram dentro das nossas unidades hospitalares, os chefes das repartições de saúde deverão remeter semanalmente ao comité municipal os números das mortes maternas", anunciou a responsável.

Mara Baptista instou, neste encontro, ao engajamento dos membros do comité para a prevenção das mortes maternas e neonatais na cidade de Luanda.

A hemorragia pós-parto foi a principal causa de mortalidade materna em 2016 no município de Luanda, seguida da malária, com um total de 562 mortes maternas, sendo o distrito urbano da Ingombota o mais afetado.

Os dados constam do mapa dos principais indicadores de saúde reprodutiva dos distritos do município de Luanda, em 2016, apresentada hoje durante a mesma reunião.

O mapa que compila os indicadores dos seis distritos urbanos do município de Luanda indica que no distrito da Ingombota registaram-se 36.677 partos institucionais. Deste número, 35.475 foram nados vivos e registaram-se 526 mortes maternas, enquanto nos 3.119 partos institucionais no Kilamba Kiaxi 35 resultaram em mortes maternas, sendo que no Sambizanga, em 3.168 partos institucionais, três acabaram em mortes maternas.

"De sublinhar que no distrito da Ingombota às mortes temos que juntar à maternidade Lucrécia Paim e ao hospital Augusto Ngangula para podermos ver então quais são os números reais da cidade de Luanda e quais os números que devem ir para os outros municípios uma vez que esses hospitais recebem todas as mulheres da província de Luanda", esclareceu por sua vez a médica Ágata Capingãla, membro do comité municipal.

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