Na cidade de Loures apenas a escola secundária José Afonso tinha esta manhã os portões abertos e aulas a decorrer, conforme constatou a agência Lusa no local.

O ambiente junto à escola era de absoluta normalidade, mas com alguns alunos a demonstrarem o seu desagrado por a sua escola ser a única a ter aulas em Loures.

Uns metros mais acima, na escola secundária Doutor António Carvalho Figueiredo, o cenário era totalmente distinto. Um aviso nos portões informava de que devido à greve o estabelecimento estaria encerrado durante o dia todo.

A greve afetou também as três principais escolas básicas da cidade, que durante esta manhã mantiveram os seus portões fechados.

Contudo, as funcionárias ressalvaram que haveria a possibilidade de as aulas serem retomadas à tarde.

Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), a greve nacional de hoje na Função Pública foi anunciada no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.

O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.

A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do norte, centro, sul, regiões autónomas e consulares, e representa 330 mil funcionários.

A última greve geral convocada pela FNSTFPS com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado, e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70% e 80%, incluindo os hospitais.