Este ano a escola começa cerca de uma semana mais tarde do que o habitual, segundo o calendário definido pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), que dá aos diretores escolares a liberdade de escolher o dia em querem começar as aulas, entre os dias 15 e 21.

No total, serão 5.878 estabelecimentos de ensino que vão receber os cerca de um milhão e duzentos mil alunos da rede do ensino público, segundo os dados mais recentes do MEC.

Depois de o ano passado ter ficado marcado pelos atrasos na colocação de professores, este começa com boas notícias no ensino das línguas mas também com problemas em torno do ensino artístico.

Pela primeira vez, os alunos mais novos vão todos aprender inglês, mas também poderão ter aulas e decobrir curiosidades sobre o Latim e o Grego, graças a um novo projeto de Introdução à Cultura e Línguas Clássicas.

Um dos objetivos desta iniciativa, destinada aos alunos desde o 1.º ao 9.º ano, é inverter a tendência dos últimos anos que quase condenou o Latim e o Grego ao esquecimento.

Inglês passa a ser obrigatório no terceiro ano

Outra novidade é a obrigatoriedade do ensino do Inglês para todos os alunos que agora entram para o 3.º ano.

A mudança obrigou à definição da habilitação profissional para lecionar inglês no 1.º ciclo e a criação de um novo grupo de recrutamento que esteve a decorrer durante todo o ano.

Entre os alunos do 9.º ano também há novidades no que toca ao Inglês, já que o teste concebido pelo departamento da Universidade de Cambridge passa agora a contar para a avaliação, com um peso na classificação final que será determinado por cada escola.

Já no ensino secundário, cerca de 400 alunos do 10.º ano dos cursos Científico-Humanísticos de 21 escolas vão poder aprender Mandarim, que até agora existia pontualmente numa ou em outra escola.

Entretanto, as mudanças registadas no modelo de financiamento das escolas de ensino artístico especializado, que permitem aos alunos frequentar gratuitamente um curso de música ou dança, estão a preocupar professores, alunos e pais que se queixam de cortes de verbas.

O concurso para atribuição de verbas termina apenas no final de setembro e as escolas decidiram constituir as turmas mesmo sem conhecer quanto lhes seria atribuído, para não atrasar o início das aulas.

No entanto, muitos estabelecimentos de ensino só recentemente souberam que não teriam dinheiro para manter todos os alunos inscritos e, por isso, a poucos dias do início das aulas, começaram a informar as famílias de que iriam retirar os filhos das turmas.

O processo de colocação de professores está praticamente concluído, estando por preencher apenas 584 horários, cujo processo já está a decorrer.