Os resultados preliminares de um estudo sobre saúde oral revelam que existem hoje mais crianças, de seis e 12 anos, livres de cáries e que as metas definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) podem ser alcançadas.

 

No Dia Mundial da Saúde Oral, coube a Cristina Cádima, da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, apresentar os resultados preliminares do III Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais, relativos a crianças de seis e 12 anos.

 

Ainda por conhecer ficam os dados referentes aos 18 anos, dos 35 aos 44 anos e dos 65 aos 74 anos.

 

Os resultados sobre as crianças com seis e 12 anos, de uma amostra de 2.600, provenientes de 400 locais (escolas públicas e privadas, centros de divulgação de defesa nacional e unidades de metade dos agrupamentos de Centros de Saúde), indicam que, em relação a 2006, existem hoje mais nove por cento de crianças com seis anos, sem cáries.

 

O estudo, apresentado nas instalações do Infarmed, em Lisboa, indica que, aos seis anos, 60 por cento das crianças estão livres de cárie dentária, em ambas as dentições, o que corresponde a um aumento de 27 por cento em relação aos resultados obtidos em 2000.

 

Em relação às crianças com 12 anos, a percentagem de jovens sem cáries subiu de 44, em 2006, para 56 por cento, em 2012.

 

Ao nível da média do número de dentes cariados, perdidos ou obturados, devido a cárie dentária, este índice revela que cada um dos jovens com 12 anos tem menos de um dente (0,77) afetado por doença, quando em 2006 eram 1,48 dentes.

 

Aos 12 anos, a maior parte dos doentes afetados são tratados: 61 por cento obturados, 32 por cento cariados e sete por cento perdidos.

 

Rui Calado, da DGS, disse que, perante estes dados, que indicam a existência de 72 por cento de crianças isentas de cáries, a meta de 80 por cento em 2018, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), deverá ser alcançada.

 

Em 2018, adiantou, “iremos ter excelentes níveis de saúde oral nas crianças com 12 anos”.