Ao nível da Biologia, sabemos que as mulheres têm o dobro de cromossomas X (nas mulheres os cromossomas sexuais são XX e nos homens XY) e por isso mesmo, as crianças são mais propensas a herdar material genético X das mães. E a inteligência está relacionada com o cromossoma X.

Um estudo da Universidade de Cambridge foi mais fundo na questão, analisando os genes que se acumulam no cérebro. À medida que um embrião se desenvolve, as células com genes paternos acabam por se fixar no sistema límbico do cérebro, responsável pela sobrevivência e está envolvido em ações como comer, sexo e agressividade. Ao longo do córtex cerebral, responsável pelas funções cognitivas mais avançadas como a inteligência, linguagem e planeamento, os investigadores só encontraram células com genes maternos.

O estudo foi realizado em ratos. Mas os investigadores da Medical Research Council Social and Public Health Sciences Unit, em Glasgow, na Escócia, decidiram fazer uma abordagem mais humana e analisaram dados de 12.686 cidadãos americanos, com idades entre os 14 e os 22 anos que foram entrevistados para o Inquérito Nacional da Juventude. Apesar de terem tido vários fatores em consideração, como nível sócio-ecomómico, habilitações literárias e raça, o QI da mãe era o que mais previa o nível de inteligência da criança.

Em média, o QI de uma criança varia em 15 pontos em relação ao da mãe.

No entanto, é de realçar que apenas entre 40% a 60% da inteligência é hereditária. Estimulação, meio ambiente e personalidade contribuem em muito para o sucesso de uma criança, e aqui todos os pais podem contribuir.