Dados recentes de um estudo que analisa os comportamentos de consumo em Portugal, revela que 85 por cento dos portugueses, entre os 18 e os 24 anos, não tem intenções de poupar nos próximos meses e 79 por cento não espera aumentar as despesas.

 

Comparativamente com anos anteriores, as intenções de poupança dos portugueses nunca foram tão baixas. Em 2010, o número de portugueses que previa aumentar as suas economias situava-se nos 47 por cento, em 2012 nos 30 por cento e em 2013 baixa até aos 18 por cento.

 

«Os portugueses viram os seus orçamentos serem reduzidos nos últimos anos. Têm cortado significativamente no seu consumo e, como seria esperado, as poupanças não têm sido exceção. É verdade que estão bastante apreensivos perante a crise económica e optam por um comportamento de consumo baseado na prudência. Passaram a ter consciência da importância do ato de poupar, só lhes falta meios para o fazer», defende Diogo Lopes Pereira, um dos responsáveis pelo estudo agora apresentado.

 

No que diz respeito ao consumo, segundo os investigadores, os portugueses mantêm a tendência dos últimos anos: 22 por cento pensa que irá aumentar as despesas nos próximos meses. Um valor abaixo do ano anterior (25 por cento), mas acima do de 2011 (18 por cento) e de 2010 (20 por cento).

 

Entre os indivíduos com menos intenções de aumento de despesa encontram-se os portugueses dos 45 aos 54 anos e dos 55 aos 65 anos (81 por cento e 83 por cento, respetivamente).

 

Esta análise foi realizada em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um inquérito quantitativo, a 600 indivíduos de Portugal Continental, de ambos os sexos, dos 18 aos 65 anos, entre o período de 26 a 27 Junho. O erro máximo é de +0,4 para um intervalo de confiança de 95 por cento.