“Visa congregar aqui vários países da Europa na perspetiva de criar um diálogo e uma interação entre os intervenientes face a questões na área das medidas de procura de emprego jovem”, adiantou, hoje, em declarações aos jornalistas, Durval Santos, presidente da Casa do Povo de Santa Bárbara, que organiza o projeto ‘Active Jobs’, à margem da apresentação da iniciativa, em Angra do Heroísmo.

Até 03 de maio, 35 jovens de Portugal, Roménia, Bulgária, Itália, Reino Unido e Turquia trocam experiências sobre os constrangimentos com que se deparam nos seus países na procura de emprego.

Alguns destes jovens criaram as suas próprias empresas, outros estão ainda a tirar licenciaturas ou doutoramentos e outros estão ligados a Organizações Não Governamentais (ONG).

Para Durval Santos, mais do que encontrar soluções para a empregabilidade jovem, este projeto pretende dar ferramentas para que os participantes possam “discutir e pensar em conjunto os problemas sociais e mundiais numa perspetiva da Europa”.

O presidente da Casa do Povo de Santa Bárbara disse esperar que o projeto tenha efeitos “concretos e palpáveis”, realçando que associações de outros países presentes neste encontro já manifestaram vontade de aprofundar parcerias com a instituição.

“Estão criadas as condições e os alicerces para que futuramente se possa criar mais alguma coisa para além deste evento”, frisou.

Por sua vez, o secretário regional adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias, realçou a oportunidade de dar a conhecer a realidade dos Açores a jovens de outros países europeus.

“É fundamental para eles experienciar o que é viver nos Açores, a nossa cultura, as nossa dinâmicas sociais e económicas e também retirar daqui uma perspetiva de como é que se vive no meio do Atlântico norte, quais são as nossas especificidades, as nossas dificuldades e as nossas mais-valias”, salientou.

Para Berto Messias, o programa Erasmus + é um contributo para promover a mobilidade jovem na Europa, mas também a tolerância e o respeito pela diferença.

“Eu acho que este tipo de programa é também muito importante para contrariar uma tendência, que é cada vez mais crescente na Europa, sobre a necessidade de se controlarem mais as fronteiras”, apontou.

A delegação portuguesa integra jovens da ilha Terceira, mas também Bruno Cristóvão, de 18 anos, estudante de Estudos Portugueses, natural de Lisboa.

Para o jovem, a falta de oportunidades de emprego é uma preocupação comum ao grupo, mas também a esperança de que o projeto possa ser útil para recolher ideias.

“Vai abrir um bocado os horizontes para saber o que se passa lá fora e se calhar trazer algumas ideias cá para dentro que podem inovar e fazer qualquer coisa no futuro”, adiantou.

Mónica Garcia, de 26 anos, natural da ilha Terceira, já participou em vários projetos do programa Erasmus + e defendeu que são uma oportunidade para conhecer diferentes culturas e aprender mais sobre os temas em debate.

“Em primeiro lugar, acho que os participantes ficam a conhecer os Açores e os Açores são divulgados e acho que vão sair daqui jovens motivados ou a serem empreendedores ou a terem um papel ativo na sociedade”, salientou.