Promovido pela Comissão Europeia, o concurso conta com a participação de cerca de 200 jovens cientistas que, oriundos de 38 países levam a concurso projetos das mais variadas áreas da ciência como seja Biologia, Ciências do Ambiente, Ciências Médicas, Ciências Sociais, Economia, Engenharias, Ciências da Computação ou Psicologia.

A representar Portugal estarão duas equipas de jovens portugueses que se destacaram na 11ª Mostra Nacional de Ciência, promovida pela Fundação da Juventude, no passado mês de junho, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

EasyPark é um dos projetos que depois se ter destacado na Mostra Nacional de Ciência nacional, segue agora para a Final Europeia de Ciência. Desenvolvido na Escola Secundária de Oliveira do Bairro por Beatriz Bastião, Luís Pinto e Olavo Saraiva, o projeto de engenharia aposta na redução de desigualdades sociais. Segundo os autores «trata-se de uma iniciativa inovadora que irá melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência física e aumentar a sua independência. Na prática a ideia é instalar em cada local de estacionamento prioritário um pilarete automático, a ser ativado a partir da leitura de matrícula para impedir que as pessoas estacionem ilegalmente. O dispositivo manterá os lugares de estacionamento prioritários livres para aqueles que realmente precisam».

Projeto EasyPark
Projeto EasyPark/Beatriz Bastião, Luís Pinto e Olavo Saraiva

Francisca Martins, Eduardo Nogueira e Gabriel Silva constituem o grupo que entrará em competição com um projeto na área das Ciências do Ambiente. Desenvolvido no Colégio Luso-Francês do Porto, o projeto "ShealS - Sea Heals Soil", consiste num fungicida natural à base de extratos de algas da costa portuguesa o qual se mostra eficaz no combate a Phytophthora cinnamomi, um oomiceta que não reage a qualquer fungicida comercialmente disponível e que se encontra incluído na lista dos 100 fitopatogénicos exóticos invasores mais prejudiciais a nível mundial».

Segundo Ricardo Carvalho, Presidente Executivo da Fundação da Juventude, «face ao avanço do conhecimento científico e tecnológico em Portugal, a Fundação da Juventude tem vindo a apostar na promoção de áreas relacionadas com I&D, como forma de promover o empreendedorismo e a transferência de conhecimento. Um investimento que se reflete no crescente número de jovens que, anualmente, participam no Concurso de Jovens Cientistas com o intuito de serem apurados para a Mostra Nacional de Ciência e alcançarem um lugar nos mais prestigiados certames Internacionais, onde Portugal se começa a destacar».

Mostra Nacional de Ciência: De Portugal para o Mundo
A Mostra Nacional de Ciência, que assinalou este ano em junho a sua 11ª edição, é já considerada uma das maiores a nível Europeu. É a partir deste encontro de ciência que a própria Fundação da Juventude, enquanto promotora do Concurso de Jovens Cientistas e da Mostra Nacional de Ciência, seleciona os projetos destinados a representar Portugal em competições europeias e internacionais de ciência, como sejam a Final Europeia, a Intel ISEF ou a MOSTARTEC - Mostra Internacional de Ciência e Engenharia, entre outras.

Para Ricardo Carvalho, Presidente Executivo da Fundação da Juventude, «é importante que se apoie e se fomente o desenvolvimento científico em Portugal, o qual estes jovens provam que pode e deve começar nas escolas. Apesar de sermos um país pequeno, já alcançámos uma quota de participação significativa, nas competições europeias e internacionais, mas nem sempre conseguimos potenciar a participação dos jovens».