A mochila contém um painel solar, que armazena energia, e que mais tarde ao ser ligada a uma lâmpada LED gera luz. Esta invenção surge como uma maneira de ajudar as crianças que vivem em zonas rurais em África e que não têm acesso a eletricidade, e que habitualmente usam querosene para estudar durante a noite. Uma hora de sol resulta em 6 horas de luz.

Salima Visram, de 23 anos e natural do Quénia, é a grande mentora do projeto. Ela inspirou-se nas próprias crianças do Quénia que não podiam estudar todos os dias, o que dificultava a entrada na escola secundária.

Através de uma campanha de crowdfunding foram angariados 50 mil dólares, que permitiu produzir as primeiras 500 mochilas que foram já distribuídas a várias crianças.

A distribuição das mesmas começou em julho deste ano, e Salima apercebeu-se que uma mochila pode ajudar três crianças de uma mesma família.

Na página de Facebook, Salima diz que "a mochila Soular é algo que acreditamos verdadeiramente que pode afetar a vida e o futuro de milhões de crianças, não só no Quénia, mas em África. Trata-se de um projeto direcionado à educação, à falta de energia elétrica e às complicações de saúde que surgem devido ao uso de querosene. Cerca de 4 mil mortes ocorrem diariamente devido aos problemas de saúde causados pela querosene. O resultado de uma educação interrompida é a perpetuação do ciclo vicioso da pobreza".

A mochila é vendida no site da HSN, por cerca de 44 euros.

Um novo modelo foi recentemente lançado com a ajuda do filme da Disney, A Rainha do Katwe, que retrata a vida real de uma família do Uganda e que tem como principal tema o uso da querosene.

Cada mochila tem uma inscrição feita pela atriz Lupita Nyong’o, protagonista do filme, e que diz "O poder está nas tuas mãos”.