A investigação internacional questiona a versão inicial sobre as mortes, que ocorreram cerca de 20 horas após o aparecimento dos sintomas e foram atribuídas a uma toxina natural que se encontra na semente da lichia, fruto comum na China e no sul da Ásia.

Investigadores do American Journal of Tropical Medicine and Hygiene explicaram que "esta toxina não poderia ter causado a mortal inflamação do cérebro destas crianças em Bangladesh, onde as sementes da lichia não são consumidas, e que o mais provável é que os óbitos sejam decorrentes de elementos químicos muito tóxicos", explicou o médico Saiful Islam.

Segundo Islam, se a toxina presente nas sementes fosse a causa das mortes, teriam ocorrido outros casos pelo país, e não em apenas num local em específico.

O grupo de investigadores realizou uma exaustiva investigação envolvendo as 14 vítimas de encefalite, crianças entre um e 14 anos que faleceram em junho de 2012 no distrito de Dinajpur, no norte de Bangladesh. Apenas uma sobreviveu.