A Associação Portuguesa de Fertilidade (APF) considera que as taxas de sucesso nos tratamentos de infertilidade que a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) apresenta são “desanimadoras para os casais” e “preocupantes” em termos de confiança na instituição.
Apenas 13 por cento das mulheres que, no primeiro trimestre do ano, se submeteram a técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA) na MAC ficaram grávidas e só um quinto das que chegaram à fase de transferência de embriões engravidou.
Perante estes valores, Filomena Gonçalves, da APF, disse que, “na perspetiva dos doentes, este é um factor preocupante, principalmente por se tratar do maior centro [público] de PMA”.
Também fontes médicas da instituição, que solicitaram o anonimato, demonstraram à Lusa grande desalento com estas taxas, bem mais baixas do que as registadas na maioria dos centros de reprodução, públicos ou privados, em Portugal e menos de metade dos 30 por cento alcançados por este serviço da MAC em 2010.
Estes dados foram revelados à Lusa por fontes médicas, embora a coordenadora do serviço de PMA da MAC tenha adiantado outros valores, ressalvando que a instituição não costuma ter apurados os valores mensais nem trimestrais, mas após passado algum tempo.
Ainda assim, Graça Pinto revelou que, em termos de ciclos de tratamento com recurso a técnicas de PMA iniciados no primeiro trimestre do ano, 13,6 por cento resultaram em gravidez.
26 de Abril de 2011