As recomendações aparecem num folheto editado pelo Conselho Central de Investigação em Ioga e Naturopatia, um organismo financiado na totalidade pelo governo.

As grávidas devem evitar "ovos e produtos não vegetarianos", nem se deixar levar pelo "desejo" e "luxúria", diz um dos trechos do folheto, escreve a imprensa indiana. "Durante a gravidez, as mulheres (...) devem ter pensamentos espirituais, ler biografias de grandes personalidades e se manter em paz", acrescenta, citada pela agência de notícias France Presse.

Vários médicos afirmam que estes conselhos roçam o ridículo, especialmente num país que registou 45.000 mortes maternas em 2015, segundo a Organização Mundial da Saúde.

"Os conselhos sobre alimentação não são de forma alguma científicos. Aconselhar a ficar longe de comida não vegetariana é ridículo, já que a desnutrição e a anemia são os maiores problemas no país", disse à AFP a ginecologista Sharmila Lal.

As recomendações são "baseadas na experiência clínica, em simples tratamentos de naturopatia e em dicas para permanecer livre de stress durante a gravidez", contrapõe em comunicado o ministério que promove as práticas curativas tradicionais.

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