O secretário de Estado Adjunto e da Saúde garante que o Governo não está a pensar em fechar mais Maternidades, apesar de nem todas conseguirem atingir os 1500 partos anuais, limite mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), avança a Rádio Renascença.

 

Leal da Costa diz que em Lisboa há excesso de capacidade e será necessário fechar uma maternidade, a Maternidade Alfredo da Costa. Mas quando se pensa no interior é preciso ter em atenção outros fatores. Elogiando a racionalização já feita pelos anteriores governos socialistas, Leal da Costa deixa claro que há limites que não podem ser ultrapassados.

 

O secretário de Estado, que presidiu na tarde de quarta-feira à sessão de encerramento do encontro da Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, que decorreu em Lisboa, mostrou-se preocupado com o baixo nível de natalidade dos portugueses mas diz esperar que a recuperação económica do país ajude a inverter a tendência.

 

Outra questão discutida no encontro foi o serviço prestado nos blocos de partos privados. O presidente da Comissão Nacional de Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, Bilhota Xavier, defendeu o mesmo grau de exigência para estabelecimentos públicos e privados.

 

O reponsável governamental desvalorizou a questão e definiu como prioridade do Governo a qualidade no Serviço Nacional de Saúde.

 

O facto de grávidas de risco, crianças e jovens procurarem menos os serviços de saúde preocupa os dirigentes regionais. Sendo que nem grávidas, crianças até aos 12 anos ou jovens até aos 18 de famílias carenciadas paga taxa moderadora, Leal da Costa considera que a ausência não tem a ver com questões económicas. Mas admite que é necessário perceber qual é o motivo.

 

 

Maria João Pratt